domingo, setembro 24, 2006

 

O Outono

A Primavera é a estação das paixões, das loucuras e do envolvimento irracional, em que damos largas às nossas fantasias, queremos pôr em prática os nossos sonhos, ainda que não saibamos o suficiente para fazê-lo.

Já no Verão, optamos por gozar o sol e a praia, ir a festas, esquecer um pouco as obrigações, ter relações passageiras e sem futuro, que têm muito brilho, mas pouco substrato.

O Outono é a minha estação: quando o sol parece afastar-se, a chuva cai lá fora, a natureza veste-se de dourado e castanho e é altura de pôr as mãos à obra e trabalhar. Quero atingir os meus objectivos e são bastante fincados em mim desde que me conheço. Poderei fazer uns desvios, ceder ao desejo, mas o caminho existe e vou conseguindo percorrê-lo à velocidade que me imponho.

Quanto às relações, bem, neste momento acabam por ter um papel secundário, não menos importante, porque não sou um autómato, tenho sentimentos e necessidades, mas não posso deixar que a minha vida se oriente por esse Norte. Espero que quando chegar ao Inverno ainda haja alguém para partilhar um chocolate quente e uma manta à beira da lareira.

sexta-feira, setembro 22, 2006

 

E depois do perigo....

















Há coisas que não entusiasmam muito. É assim como uma foto com falta de cor, depois de vermos uma muito colorida, a outra a seguir, parece simplesmente que não tem sal...

Ou será que há imagens que temos de prescrutar mais para vermos o que têm para dar-nos?

quarta-feira, setembro 13, 2006

 

Voltei, mas de mansinho

E das minhas férias, como ainda estou muito cansada,

vos conto...


Ele há coisas, que são muito bonitas à superfície...

Mas não sabemos o que realmente escondem.

Mocassins? Onde estão vocês?



segunda-feira, setembro 04, 2006

 

Férias!!!

É só uma semana, mas também mereço.

Além de terminar o relatório de estágio, conto com praia, bicicletas, canoagem, cavalgar, ver paisagens e todas as loucuras que me passarem pela cabeça :)

Fiquem bem e... vão lendo o que está para trás, vão escrevendo...

Muitos beijos!

sábado, setembro 02, 2006

 

Amar e/ou ser amado?

Em tempos passados eu dizia que não havia ninguém que eu conhecesse profundamente de quem não gostasse.

Hoje sou capaz de dizer que não se trata de gostar e sim de compreender – tenho cada vez mais dúvidas quanto ao gostar. É que há pessoas que nunca se dão a conhecer verdadeiramente, apesar de num rápido olhar de esguelha os traços gerais fiquem registados.

São essas pessoas que desconfio de que quanto mais conhecesse menos iria gostar... E porque penso assim? Porque se não as conheço melhor é porque não aguento: ou desinteresso-me ou me magoa e afasto-me.

Mas uma questão não me larga «qual o motivo de aproximar-me de pessoas que à partida vejo serem complicadas e problemáticas?», tenho assim tanta necessidade de ter casos clínicos?

É verdade que gosto de ajudar pessoas, sinto-me bem em dar apoio, acompanhar, ver as pessoas a desabrochar... mas sinto-me um pouco desiludida quando as pessoas parecem não ter tanto no seu coração ou julgam que por não darem amor estão mais protegidas...

E eu tenho uma teoria: as pessoas que não se dão a conhecer têm medo de ser amadas... ou de ninguém gostar delas? (Isto está a ficar confuso) ... não teremos todos?

Aqui está a continuação de uma ideia da qual falamos há algum tempo e que nenhuma outra frase descreve tão bem: «A angústia de castração e a angústia de separação já não são as mais generalizadas. O que se vive na sociedade moderna é a angústia de amar e ser amado.»

Eu quero amar...

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