segunda-feira, janeiro 29, 2007
Realidades
quarta-feira, janeiro 24, 2007
Recortes sobre a mentira

Mentira é uma declaração feita por alguém que acredita ou suspeita que ela seja falsa, na expectativa de que os ouvintes ou leitores possam acreditar nela. “Mentir” é contar uma mentira.
Mentir de uma maneira que piore um conflito em vez de diminuí-lo, ou que se vise tirar proveito deste conflito, é normalmente considerado como algo anti-ético.
Um “mentiroso” é uma pessoa que conta mentiras, independente da mentira vir a ser descoberta ou não. Contudo, é a gravidade das consequências geradas pela mentira que diferenciará a tolerância da sociedade ao mentiroso.
Há alguns tipos de mentiras que são consideradas aceitáveis, desejáveis, ou mesmo obrigatórias, devido a convenção social. Tipos de mentiras convencionais incluem:
Mentir de uma maneira que piore um conflito em vez de diminuí-lo, ou que se vise tirar proveito deste conflito, é normalmente considerado como algo anti-ético.
Um “mentiroso” é uma pessoa que conta mentiras, independente da mentira vir a ser descoberta ou não. Contudo, é a gravidade das consequências geradas pela mentira que diferenciará a tolerância da sociedade ao mentiroso.
Há alguns tipos de mentiras que são consideradas aceitáveis, desejáveis, ou mesmo obrigatórias, devido a convenção social. Tipos de mentiras convencionais incluem:
- uso de eufemismos para evitar a menção explícita de algo desagradável;
- perguntas insinceras sobre a saúde de uma pessoa pouco conhecida;
- afirmação de boa saúde em resposta a uma pergunta insincera (os inquiridores com frequência ficam bastante desconcertados por qualquer outra coisa que não a resposta positiva mais breve possível);
- desculpas para evitar ou encerrar um encontro social indesejado;
- garantia de que um encontro social é desejado ou foi agradável;
- dizer a uma pessoa moribunda o que quer que ela queira ouvir.
in 'Wikipédia'
Mentira e Verdade Desmascaradas
Se desconfiarmos que alguém mente, finjamos crença: ele há-de tornar-se ousado, mentirá com mais vigor, sendo desmascarado. Por outro lado, ao notarmos a revelação parcial de uma verdade que queria ocultar, finjamos não acreditar, pois assim, provocado pela contradição, fará avançar toda a rectaguarda da verdade.
Arthur Schopenhauer, in 'Aforismos para a Sabedoria de Vida'
Mentir sem Prejudicar
Julgar os discursos dos homens através dos efeitos que produzem equivale frequentemente a apreciá-los mal. Tais efeitos, para além de nem sempre serem sensíveis e fáceis de conhecer, variam infinitamente, tal como as circunstâncias em que esses discursos são proferidos. A intenção daquele que os profere, porém, é a única que permite apreciá-los e que determina o seu grau de malícia ou de bondade. Proferir afirmações falsas só é mentir quando existe intenção de enganar, e mesmo essa intenção, longe de se aliar sempre à de prejudicar, tem por vezes um objectivo oposto. Todavia, para tornar inocente uma mentira, não basta que a intenção de prejudicar não seja expressa, é necessário também ter a certeza de que o erro em que se induz aqueles a quem se fala não poderá prejudicá-los a eles nem a ninguém, seja de que maneira for. É raro e difícil ter-se essa certeza e, por isso, é difícil e raro que uma mentira seja perfeitamente inocente.
Jean-Jacques Rousseau, in 'Os Devaneios do Caminhante Solitário'
A Necessidade da Mentira
A mentira só no outro se torna imoralidade como tal. Toma este por estúpido e serve de expressão à irresponsabilidade. Entre os insidiosos práticos de hoje, a mentira já há muito perdeu a sua honrosa função de enganar acerca do real. Ninguém acredita em ninguém, todos sabem a resposta. Mente-se só para dar a entender ao outro que a alguém nada nele importa, que dele não se necessita, que lhe é indiferente o que ele pensa acerca de alguém. A mentira, que foi outrora um meio liberal de comunicação, transformou-se hoje numa das técnicas da insolência, graças à qual cada indivíduo estende à sua volta a frieza, e sob cuja protecção pode prosperar.
Theodore Adorno, in 'Minima Moralia'
A mentira só no outro se torna imoralidade como tal. Toma este por estúpido e serve de expressão à irresponsabilidade. Entre os insidiosos práticos de hoje, a mentira já há muito perdeu a sua honrosa função de enganar acerca do real. Ninguém acredita em ninguém, todos sabem a resposta. Mente-se só para dar a entender ao outro que a alguém nada nele importa, que dele não se necessita, que lhe é indiferente o que ele pensa acerca de alguém. A mentira, que foi outrora um meio liberal de comunicação, transformou-se hoje numa das técnicas da insolência, graças à qual cada indivíduo estende à sua volta a frieza, e sob cuja protecção pode prosperar.
Theodore Adorno, in 'Minima Moralia'
Comentário Pessoal
Como qualquer outra pessoa, minto frequentemente, quando julgo que seja social e culturalmente adequado fazê-lo. Tento que este comportamento não me faça sentir moralmente incomodada e, sobretudo, que não prejudique quem me rodeia. Considero-me uma pessoa bastante credível, mesmo nas mentiras mais arrojadas: porque tento doseá-las habilmente e porque emprego um grande esforço em seguir todas as pontas soltas para não ser surpreendida.
Em relação às mentiras que me contam, vejamos, já em textos idos falei da verdade e do seu valor para cada um; o que é realmente a verdade - será o que acreditamos ou o senso comum?
Tento manter aquele cepticismo que me permite em nada acreditar e de nada duvidar: tudo o que dizemos se refere a nós e, se todas as verdades que proferimos contêm um cunho pessoal que as afasta da percepção que o qualquer outro tem delas, também todas as mentiras têm um fundo de verdade que somos nós mesmos.
As pessoas vão falando, ao longo do tempo, das suas verdades e, como é óbvio, há choques entre estas várias histórias. O discurso, a experiência que tenho com as pessoas, os sentimentos, os estados de espírito que surgem, vão compondo um quadro e, pouco a pouco, vou compreendendo a razão deste ou daquele elemento em que reparei antes, mas o qual não me era possível classificar.
Como qualquer outra pessoa, minto frequentemente, quando julgo que seja social e culturalmente adequado fazê-lo. Tento que este comportamento não me faça sentir moralmente incomodada e, sobretudo, que não prejudique quem me rodeia. Considero-me uma pessoa bastante credível, mesmo nas mentiras mais arrojadas: porque tento doseá-las habilmente e porque emprego um grande esforço em seguir todas as pontas soltas para não ser surpreendida.
Em relação às mentiras que me contam, vejamos, já em textos idos falei da verdade e do seu valor para cada um; o que é realmente a verdade - será o que acreditamos ou o senso comum?
Tento manter aquele cepticismo que me permite em nada acreditar e de nada duvidar: tudo o que dizemos se refere a nós e, se todas as verdades que proferimos contêm um cunho pessoal que as afasta da percepção que o qualquer outro tem delas, também todas as mentiras têm um fundo de verdade que somos nós mesmos.
As pessoas vão falando, ao longo do tempo, das suas verdades e, como é óbvio, há choques entre estas várias histórias. O discurso, a experiência que tenho com as pessoas, os sentimentos, os estados de espírito que surgem, vão compondo um quadro e, pouco a pouco, vou compreendendo a razão deste ou daquele elemento em que reparei antes, mas o qual não me era possível classificar.
O real problema é que há quadros (diagramas de pessoas) que têm mais círculos vermelhos à volta de elementos discrepantes do que conjuntos compactos e isto define, para mim, a coerência dos actos e valores de com quem vivo. Como conseguir um equilíbrio entre a monotonia e a surpresa, o conhecido e o original, a paz de espírito e a emoção forte, o amor e a paixão? Será uma escala? Existe um ponto óptimo?
Concluindo abruptamente, vergonha é roubar e ser apanhado.
Concluindo abruptamente, vergonha é roubar e ser apanhado.
terça-feira, janeiro 23, 2007
Jantar de aniversário
Antes de mais, quero agradecer a quem foi, a quem não foi mas queria ir e, principalmente, a todos os que, estando longe estavam a pensar em mim. Agradeço também a todos os outros, por existirem na minha vida.

Peço desculpa de não pôr uma foto com toda a gente, mas não levei máquina e essa foto não foi tirada. Ficam as cobras.
PS - Para que saibam que a Carla é linda!! (Apesar de conseguir esconder-se atrás de outra cobra com metade da altura dela...)

sexta-feira, janeiro 19, 2007
E quando nos dá para a maldade?!
quinta-feira, janeiro 18, 2007
É um dos teus medos?
«Apareceste e a vida mudou, só voltei a pegar no livro que andava a ler meses mais tarde, perdi o apetite, dei comigo a beber uma cerveja antes de me vires buscar para o sorriso que te agradava surgir mais facilmente. (...) A vida mudou, sobretudo na cabeça, pela rua continuei basicamente sozinha, espera, não te estou a culpar, bem pelo contrário, estavas dentro de mim e eu ia para todo o lado, como antes, quando ganhasses juízo seria melhor, de amante a namorado e pai de filhos sem perder aquele toque de clandestinidade perversa que me fazia tremer de excitação ao subir as escadas de tua casa. Nas Virtudes; muito me ria com esse nome! Se na realidade chegaste a ganhar juízo não se pode dizer que o tenhas feito depressa, estávamos quase tanto tempo zangados como no céu, tu fornecias pretextos aos montes, difícil era escolher. E eu nunca fui embora. Chorava, dormia, falava com os amigos; era livre à tua espera. E agora uma estranheza que me assusta por estar a teu lado e pondo a hipótese de teres mudado, toda a viagem a tenho sentido, e se não consigo viver a dois como sempre te pedi?»
In Muros, Júlio Machado Vaz
quarta-feira, janeiro 03, 2007
Perdas
Ainda que o passado possa estar enterrado, às vezes pensamos no que ficou para trás...
segunda-feira, janeiro 01, 2007
Ei-lo que chega devagarinho...

É o novo ano.
Feliz 2007!!!